O que é o abuso obstétrico? 

 

O abuso obstétrico consiste na intervenção clínica sobre a grávida/parturiente/puérpera, ou sobre o seu bebé, sem informação prestada à mulher alvo de intervenção e/ou sem o seu consentimento prévio, ou com consentimento prestado sob qualquer forma de pressão ou contra-informação, o que constitui, por si só, uma forma de abuso.

 

Evite o abuso obstétrico.

É possível prevenir o abuso obstétrico. A chave é a informação.

 

Reconheça e enfrente o abuso obstétrico.

É possível ultrapassar uma situação de abuso obstétrico. A chave é a partilha.

 

BEM-VINDO!

 

Fórum Mal Me Quer

Data 27-01-2011

De Sílvia Roque Martins

Assunto Re:Re:Re:Abertura do Fórum

Responder

Viva, Sónia!

Antes de mais, bem-vinda!

Não seria muito mau sinal se lhe pudesse dizer: "Somos duas"... Mas não posso. A verdade é que somos muitas, milhares de portuguesas queixando-nos do mesmo: fomos alvo de abuso obstétrico, nós e os nossos bebés.

O facto de ter dado início ao processo de consciencialização já é muito significativo. É por aí que começa a nossa recuperação. Não tenha pressa. Se a minha experiência a ajuda, posso dizer-lhe que levei meses com pesadelos, acordando lavada em suor assim que despertava das imagens dos "toques" infindáveis a que fui sujeita, sem qualquer justificação clínica, garanto-lhe. Hoje sinto-me bem, consigo falar à vontade desse meu primeiro parto, embora com marcas no corpo e na alma que jamais me deixarão. Mas recuperamos. Depois da fase de consciencialização - por que está a passar também - a fase de reacção é muito importante. E aqui cada uma reage à sua maneira. Posso dizer-lhe o que fiz:

- Fiz o relato escrito do meu parto;

- Familiarizei-me o mais possível com o paradigma do parto normal, para perceber exactamente o que tinha corrido mal;

- Pedi consulta do meu processo à maternidade onde ocorreu o parto, para me certificar de uma série de suspeitas que tinha;

- Procurei o contacto com outras mulheres com experiências idênticas à minha e com experiências radicalmente opostas;

- Procurei envolver o meu marido o mais possível na minha recuperação emocional e sexual;

- Procurei garantir que num 2º parto nada do que correra mal no 1º se repetiria - Consegui!

- Assumi, comigo mesma, o compromisso de evitar que outras mulheres viessem a passar pelo mesmo que eu - Tenho conseguido!

Tudo isto me tem ajudado, Sónia. Mas as informações que me dá são limitadas. Mais poderá fazer, dependendo exactamente do que passou e das consequências que ainda hoje vive. Esteja à vontade para voltar ao contacto por e-mail e, se quiser, dou-lhe também contacto telefónico.

Garanto-lhe que é possível ultrapassar, e bem, o abuso obstétrico.

Um beijinho

Sílvia

ADVERTÊNCIA IMPORTANTE:

As mentoras do "projecto mal me quer" não são profissionais de saúde. Todo o conteúdo deste site tem carácter meramente informativo e não substitui o acompanhamento técnico e profissional especializado.

EDITORIAL

Parto Domiciliar - Quando a fuga em frente nos deixa em casa

10-10-2011 11:29
O ARTIGO começa em tom ligeiro, tão ligeiro que, de início, ninguém adivinha o rumo que o desabafo vai tomar. Começa com um sorriso suspirado, para acabar numa estrondosa bofetada. São as palavras e a frontalidade de uma mãe que assim desmonta a hipocrisia e o cinismo da assistência ao parto em...

Livro de Reclamações – uso se o caso é de abuso

20-04-2011 01:04
Ao longo de quase um ano de actividade, o Projecto Mal Me Quer tem procurado deixar claro que o abuso obstétrico, tanto quanto possível, deve ser evitado, quer por via da busca de informação que torna a mulher mais consciente dos seus interesses e Direitos, quer por via de uma conveniente...
Todos os artigos

DIZ QUEM SABE...

Para aqui virão os testemunhos/vozes de apoio, de carisma e competência reconhecidos. E são já muitos os que querem bem ao "mal me quer". Novidades em breve.

 

free counters