Livro de Reclamações – uso se o caso é de abuso

Ao longo de quase um ano de actividade, o Projecto Mal Me Quer tem procurado deixar claro que o abuso obstétrico, tanto quanto possível, deve ser evitado, quer por via da busca de informação que torna a mulher mais consciente dos seus interesses e Direitos, quer por via de uma conveniente preparação da gravidez e parto, com o seu núcleo familiar, com o seu círculo social mais lato e com os profissionais envolvidos. No entanto, pode suceder – e acontece com demasiada frequência – que nem a mais consistente informação, nem a mais aprimorada preparação consigam evitar situações de abuso obstétrico. E mesmo à margem deste cenário, há mulheres com um nível de esclarecimento muito limitado ou nulo sobre o abuso obstétrico que, a dada altura, podem ter a noção clara de que foram ou estão a ser alvo desta prática.

Então, confrontada com uma situação de abuso obstétrico, há uma série de acções que uma mulher pode pôr em marcha no sentido de ver salvaguardados os seus interesses e Direitos. Algumas destas acções têm em vista o efeito imediato, com o objectivo de inverter uma situação de abuso; outras terão lugar numa fase em que já não é possível inverter a situação de abuso, e então o objectivo é sobretudo o da mitigação de consequências e de prevenção de novos casos noutra ocasião. Ora, é isto mesmo o que se pretende com o preenchimento do Livro de Reclamações: denunciar determinada ocorrência, com o objectivo último de levar o prestador de cuidados a evitar a sua repetição, corrigindo más práticas pelas quais deverá ser responsabilizado.

Passo a passo, saiba tudo sobre o preenchimento do Livro de Reclamações.